[UR]Montevidéo->[AR]Buenos Aires->[AR]Mendoza

Andando hoje na rua, pensando na monotonia das minhas férias, lembrei do mochilão e que não tinha completado de relatá-lo.

Então vamos lá.

Tinha parado em Buenos Aires…Agora vamos pra Mendoza, em direção ao Chile.

Mendoza é uma cidadezinha (cuidado, eles não gostam que chamem assim). Não sei se foi porque ficamos lá durante o fim de semana, mas o clima pareceu bem tranquilo. Ficamos num albergue com um argentino bem tortuguero e durante a estadia tivemos até a chance de ver tempestade de areia e blackout. Ele ficava na Colón com a….não lembro…estou sem meu caderno. Esse lugar aí em cima é o museu de Mendoza…Não lembro museu do quê, mas estava fechado.

Logo que chegamos, quisemos sair. O motivo do desespero? Fome. Andamos pela avenida San Martin, se não me engano. Estava tudo fechado, mas no final das contas encontramos um botequinho bem bacana pra comer uns pratos meio pedreiros até onde lembro e umas cervejinhas pra aliviar o calor infernal da cidade. Engraçado que durante o percurso esse cachorro simpático nos indicava a direção.

Basicamente, a cidade inteira parece ser assim….Interessante que as ruas são acompanhadas de duas mega calhas, que até onde entendi, trazem a água que degela das montanhas e irriga as árvores, já que o lugar é quase um deserto, bem no meio do continente.

Andando, encontramos o Museu de Arte Contemporânea de lá. Fica no subsolo. Entramos ali mais pelo alívio do ar condicionado do que por curiosidade à arte de Mendoza.

Mendoza tem um mirante onde se localiza o memorial para os heróis da guerra…é um puta trampo subir até lá em cima. Ao pé do mirante, existe um zoológico e um trailer que vende bebidas para os branquelos gringos (eu) desidratados. Uma galera ficou lá e outra subiu. Eu subi…doido…Legal que o memorial tem uma torre que atrai as pombas fazendo com que elas fiquem longe da estátua e não caguem nela.

he…hipopótamo

Depois do zoológico, passamos no supermercado e fizemos um grande banquete comandado pelo chefe Alfonso com direito a bons vinhos e cerveja.

Esse outro passeio é o do Aconcágua, que fizemos num domingo. O passeio é basicamente umas 4 horas só subindo, subindo, subindo, até chegar no Cristo Redentor deles…é isso? A paisagem é animal. Você sai lá de baixo e com o ônibus balançando de lá pra cá com as curvas fortes, a gente vai serpenteando subindo, subindo, subindo.

Parece que tem uma galera ciclista que treina pra campeonatos internacionais ali. No caminho, encontramos um time de brasileiros. Praga.

Engraçado que lá em baixo tava um calor infernal. Lá em cima, quase tem neve e umas pedrinhas pontudas.

Esse é um hotel feito de pedras que fica no caminho de volta. Hoje ele está desativado. Até onde entendi, como o hotel se localiza no pé das montanhas, tinha uma época do ano que degelava tudo e a água descia. Repetindo que a paisagem é fascinante. O caminho do microônibus é acompanhado por um grande canyon com um rio passando vagarosamente lá em baixo e em cima das pedras, uma linha de trem…Lá longe. Me lembrou A Viagem de Chihiro. Não pela paisagem, mas por imaginar o trenzinho, lá longe, andando sozinho no meio do nada.

Ainda hoje, esse hotel, apesar de desativado atrai muitos turistas. Ao redor dele, tem umas tendinhas com artesanato, comida e tudo que turista precisa.

Pelo tempo me afastar dos fatos e eu não estar monido do meu caderno de viagem que está emprestado. Aqui é uma prévia do Chile, que vem a seguir. De novo. Só a paisagem do passeio de ônibus vale a viagem. Aquela história do soberbo poder da natureza e da nossa pequinês. A gente se sente pequeno…e talvez sejamos mesmo.

Bom….Estamos indo para a fronteira do Chile…Mas aí já é outra história.